Manifesto do Movimento “Eu sou UnB. UnB somos nós.”

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Nós, abaixo assinados, decidimos trazer as seguintes reflexões que balizam o lançamento do movimento “Eu sou UnB. UnB somos nós”:

Precisamos de um novo tipo de administração para a UnB, capaz de unir a nossa comunidade de docentes, técnico-administrativos e estudantes em torno de dois valores fundamentais: excelência acadêmica e compromisso com a sociedade.

A crise da UnB corresponde, sobretudo, à de uma comunidade dividida e politizada à margem desses valores fundamentais. Esta é a principal razão que a impede de dedicar-se com eficácia à sua missão.

Orgulhamo-nos da nossa história e dos valores democráticos do projeto de fundação da UnB que caracterizam uma politização generosa, acadêmica, destemida, inovadora, de compromisso com o desenvolvimento e com a solução dos mais candentes problemas nacionais. Mas é preciso deixar claro: somos contrários ao atual tipo de politização marcado pela atuação de grupos que tentam aprisionar os destinos da UnB aos seus interesses ou visões partidárias, ou que meramente se digladiam sem princípios na luta pelo poder.

Precisamos de uma nova administração capaz de restaurar e praticar uma nova política baseada em valores acadêmicos, na tolerância e na ética. A Universidade deve ser o local do respeito à diversidade e à pluralidade, estando a serviço do conhecimento e da sociedade. Sim, queremos fazer da UnB a melhor Universidade do Brasil e incluí-la entre as mais respeitadas do mundo. Esta construção não pode mais sofrer adiamentos.

Mas, é necessário dizer: a atual administração, eleita em um momento de profunda crise na UnB, frustrou as expectativas da comunidade. Porque, sem conseguir romper com a lógica de grupos, não pôde mobilizar as imensas energias criadoras da Instituição para enfrentar os seus problemas. Em consequência, tem falhado em manter o nível de excelência acadêmica e em conduzir uma gestão à altura das necessidades exigidas pela expansão da Universidade para cumprir a sua missão.

Julgamos que, para alcançar a excelência acadêmica e oferecer resultados para a sociedade, o esforço principal da próxima administração deverá ser a gestão. Uma gestão baseada em valores e em resultados acadêmicos e que, ao mesmo tempo, privilegie o mérito, a eficiência no uso dos recursos e um ambiente propício à troca de ideias e à liberdade de criação.

Se você anseia por uma mudança de rumos balizada por esses valores, nós o convidamos a participar desse movimento de renovação.

Traga suas ideias e contribuições!

Junte-se a nós!

CV resumido da Professora Sônia Báo

Sônia Nair Báo, nasceu aos 26 de setembro de 1960, em Ijuí, Rio Grande do Sul, graduou-se em Ciências Biológica – Licenciatura em 1982, pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI). É mestre em Biologia Celular, pela UNICAMP, em 1987; e doutora em Ciências Biológicas (Biofísica) pela UFRJ, em 1992. Em 1994 realizou estágio junto ao Departamento de Biologia Evolutiva, Università di Siena, Itália.

Começou a sua atuação no ensino superior em 1983, na própria UNIJUI. Em 1987 ingressou na UnB, realizando concurso para professor Assistente em 1988. Em 2003 realizou concurso e tornou-se Professora Titular. Pesquisadora 1B do CNPq.

Desde seu ingresso na Instituição tem atuado no ensino de graduação nas áreas de Biologia Celular e Microscopia. Atua junto a pós-graduação nos Programas de Biologia Animal,  Biologia Molecular, Nanociência e Nanobiotecnologia.

Possui em torno de 200 artigos científico completos e capítulos de livros publicados, formou 14 mestres e 14 doutores, e um número expressivo de estudantes de IC (65). Hoje continua com as atividades de orientação na graduação e pós-graduação.

Coordenou e coordena projetos de pesquisa como CTINFRA e PRONEX.

Administrativamente teve as seguintes atuações: Chefe do Departamento de Genética e Morfologia (GEM) no período de 1994-1996; Tutora do PET/Biologia de 1995 a 2002; Coordenadora do PIBIC de 1999 a 2002; Coordenadora de Apoio à Pesquisa do DPP de 2001 a 2002, Vice Diretora do Instituto de Ciências Biológicas de 2002 a 2005, e Diretora do Instituto de 2006 a 2010, tendo sido reconduzida ao cargo em março de 2010.

Participou e participa de colegiados e conselhos de Programas de Pós-graduação, IB, CCD, CPP, CAD, CONSUNI.

Junto a órgãos externos atualmente é presidente da Câmara da Saúde e Biológicas da área Interdisciplinar da CAPES, membro de Comitê de área do CNPq, consultora da FINEP em processos do CTINFRA/PROINFRA. Tem atuação como consultora de Fundações de Apoio à Pesquisa, como FAPESP, FAPEMIG, FAPES, FAPDF FAPERJ

CV resumido do Professor Ivan Camargo

ImagePossui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília (1982), mestrado (1985) e doutorado (1988) em Génie Electrique – Institut National Politechnique de Grenoble, na França.

 É professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília desde 1989.

 Foi Chefe do Departamento de Engenharia Elétrica, Vice-chefe, Coordenador de pós-graduação, Vice-Diretor da Faculdade de Tecnologia, Coordenador de Extensão da FT, representante da FT no CEPE e representante do CEPE no CONSUNI.

 Foi Decano de Ensino de Graduação da UnB na administração do professor Lauro Morhy.

 Foi presidente da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético e Editor da Revista Brasileira de Energia.

Foi assessor da Diretoria da Aneel no período de1999 a2003. Participou da Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE) e do Comitê de Revitalização do Setor Elétrico em 2001.

Orientou mais de 50 trabalhos (entre mestrado, monografias e projetos de graduação) com temas relacionados à Energia Elétrica. Publicou um livro e mais de 70 artigos em jornais, revistas e congressos nacionais e internacionais.

 Foi patrono, paraninfo, padrinho ou professor homenageado de diversas turmas do curso de engenharia elétrica da UnB.

 Tem experiência e lecionou disciplinas na área de Energia Elétrica, Regulação, Máquinas Elétricas e Estabilidade de Sistemas Elétricos de Potência.

 Foi superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição da Agência Nacional de Energia Elétrica.

Ex-dirigente da Finatec é absolvido de acusações

JC e-mail 4538, de 12 de Julho de 2012.
 
 
   
A 2ª. Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF absolveu, por unanimidade, o ex-dirigente da Finatec e professor da Universidade de Brasília, Antonio Manoel Dias Henriques de todos os crimes a ele atribuídos pelo Ministério Público do DF. Além dele, foram também absolvidos Luis Antonio Lima, Flavia Maria Camarero e Eduardo Grin.

O extrato do acórdão publicado no último dia 02/07/2012 no DJDF informa que os réus foram absolvidos com fundamento no artigo 386, incisos II e III, do Código de Processo Penal. Ou seja: não haver prova de existência do fato e não constituir o fato infração penal.

 

Em relação às acusações de enriquecimento ilícito o Desembargador relator, Roberval Casemiro Belinati, no seu voto, afirma que: “Ainda que, em tese, seja possível afirmar que o último apelante, na qualidade de Presidente da fundação, tivesse a posse lícita dos recursos pertencentes a ela, há de se ressaltar que o Ministério Público, apesar de ter tido acesso à quebra do sigilo bancário e fiscal desse apelante, não apontou um único valor ou depósito que não tivesse origem explicada ou que não constasse da declaração do seu imposto de renda. Ao contrário, o órgão acusatório valeu-se de afirmações genéricas e dúbias, sem indicar objetivamente um único elemento concreto que comprovasse a apropriação de valores pelo acusado ou mesmo a sua efetiva contribuição para o enriquecimento ilícito dos demais denunciados. Nesse contexto, a simples afirmação da acusação de que o patrimônio do denunciado cresceu astronomicamente não gera a presunção de que ele tenha cometido o crime de apropriação indébita, máxime considerando que a Defesa juntou documentos que, de fato, justificam o acréscimo patrimonial do apelante no período em questão, bem como o volume de aplicações mencionado na denúncia”.

 

Já em relação ao crime de quadrilha, o Desembargador relator se posicionou da seguinte forma: “Na doutrina, exige-se, para a tipificação do crime de quadrilha, além da reunião de quatro ou mais pessoas, que a associação criminosa não seja eventual e tenha caráter relativamente duradouro, para o propósito de cometimento de crimes. Após detida análise dos autos, verifica-se que a autoria e materialidade do delito não ficaram comprovadas, em especial a finalidade de praticar crimes. Com efeito, como ficou esclarecido anteriormente na análise do crime de apropriação indébita, não há, nos autos, demonstração inequívoca de que realmente os contratos de parceria foram utilizados para ocultar a prática de crimes contra o patrimônio da fundação, ou seja, a materialidade do crime de quadrilha não ficou demonstrada.”.

 

Procurados, os advogados Getulio Humberto Barbosa de Sá e Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmaram que finalmente foi feito justiça, mas que, infelizmente, os prejuízos pessoais e profissionais ocasionados aos seus clientes pelas denuncias infundadas feitas pelo MPDFT e repercutidas pela mídia escrita e falada jamais poderão ser reparados.

(Informações MPDFT)

 

 

CORDEL DO CANDIDATO

Manoelzinho (FACE)

No modelo de cordel

Letra pura de verdade

Nestas pequenas estrofes

Por mim será convocada

Para eleger um reitor

Que há muito tempo chegou

Nesta universidade

Ivan Camargo é o nome

Deste forte candidato

Além de ser professor

Já foi até decanato

Além de outras funções

Desempenhou com destreza

Tudo que lhe foi confiado

Professores e alunos

Prestadores de serviços

Técnicos administrativos

Ouça bem o que lhe digo

Precisamos de mudanças

Renovar as esperanças

Na UnB é preciso

Ninguém melhor que Ivan

Para todos confiar

Vamos lhe eleger a reitor

Para a educação melhorar

Convoco todos amigos

A pessoa certa digo

Vamos dele precisar!

Com bandeira hasteada

Tremulando em várias mãos

A UnB a cidade

Feita pra a educação

Professor Ivan é o nome

Precisamos deste homem

Pense e depois dê razão

Temos vários candidatos

Para enfrentar este pleito

Vamos votar conscientes

Para Ivan ser eleito

Para comandar quatro anos

Votos certos não me enganam

Peço que votem direito

O ano dois mil e doze

Cheio de crises é verdade

Fora no exterior

Economia abalada

Precisamos de mudanças

Aqui está a esperança

Pra nossa universidade.

Com forte experiência

Na parte de educação

Com grande conhecimento

Também em administração

Professor Ivan Camargo

Por incrível que pareça

Será nossa solução

Votando certo teremos

Quatros anos pra andar

Com a cabeça erguida

Sem de nada recear

Convoco mais uma vez

Vote em Ivan Camargo

Fazendo ele ganhar

Aproveito a estrofe

Também o conhecimento

Acrescentando um pouco

Falo certo não invento

O que fez na UnB

Eu vou tentar descrever

Ivan pra reitor queremos

Na era da informática

Coisa de grande valia

Como chefe ele comanda

Vários meses vários dias

Uma grande faculdade

Como chefe atualmente

Faculdade de Tecnologia

Alunos e professores

E também funcionários

Daquele departamento

Sinceramente lhe falo

Tem a Ivan grande apreço

Desavença desconheço

Se eu for errado me calo!

A UnB abalada

Com uma greve geral

Professores e alunos

Chegou a um ponto tal

Reivindicando melhoras

Mudanças queremos agora

Ivan vai cortar o mal

A causa vai melhora

Com bom administrador

Professor Ivan será

Pra UnB bom reitor

Já estou ouvindo a voz

Peço a Deus queiramos nós!

Professor Ivan ganhou!

UnB tem 5 pré-candidatos

As datas do início do processo eleitoral para eleger o novo reitor da Universidade de Brasília (UnB) estão definidas. As chapas concorrentes podem se inscrever até 19 de julho, e o primeiro turno ocorrerá em 22 e 23 de agosto. O pleito será paritário, a exemplo do que ocorreu em 2008, quando o voto de professores, servidores e estudantes tiveram o mesmo peso.

Além do cenário de greve — a instituição está com as atividades paralisadas há 46 dias —, que deve dificultar a divulgação das propostas, os que querem substituir o professor José Geraldo Junior terão de enfrentar uma eleição com muitos candidatos e propostas e pouco tempo de campanha. A Comissão Organizadora da Consulta (COC) eleitoral ainda pode alterar as datas, caso haja uma justificativa contundente. O segundo turno está previsto para 11 e 12 de setembro.

Pelo menos cinco pré-candidatos declararam ao Correio a intenção de concorrer ao cargo e comentaram o que pretendem fazer caso assumam a função (leia quadro). Um sexto, que representaria a continuidade da atual gestão, seria o atual vice-reitor, João Batista de Sousa, mas a reportagem não conseguiu encontrá-lo. O certo é que todos eles terão desafios pela frente. Entre eles estão a melhoria da segurança no câmpus; o pagamento da dívida de R$ 72 milhões; o tratamento em relação às fundações; e o aumento da qualidade no cursos de expansão dos câmpus. Aliado a isso, aparece a discussão sobre os auxílios oferecidos aos alunos de baixa renda.

Um dos primeiros a declarar a intenção de participar do pleito foi Volnei Garrafa, da Faculdade de Saúde. Ele está na universidade desde 1973, participou de outras eleições, mas nunca ganhou. O nome da chapa do candidato será Viver UnB. Entre as principais propostas estão o estímulo da formação do intercâmbio; a informatização da universidade; a expansão da qualidade; a limpeza no câmpus; e a segurança. Embora seja amigo pessoal do atual reitor, fará uma campanha independente e com críticas à atual gestão. “Sou a favor da Polícia Militar no câmpus, se a comunidade acadêmica aprovar. O vice de Volnei Garrafa será Luís Afonso Bermúdez, do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT).

Estratégias

Ivan Camargo, da Faculdade de Tecnologia, tem um grupo formado para a pré-candidatura. O movimento liderado por ele é o Eu sou UnB, UnB somos nós. Os principais integrantes são a diretora do Instituto de Biologia, Sônia Bao; a diretora do Instituto de Ciência Política, Marilde Loiola; o diretor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação (Face), Tomás de Aquino Guimarães; e o professor Carlos Alberto Torres, também da Face. “Vamos brigar por mais orçamento por meio de diversas fontes, públicas e privadas. Sou a favor da expansão, mas acredito que esse processo precisa ser aprimorado.”

Ex-prefeito do câmpus e hoje coordenador do programa de pós-graduação em transporte, Paulo César Marques é cogitado por vários setores. É um dos nomes que deve fazer oposição à gestão no poder. “A atual estrutura não deu respostas para aprofundar a gestão democrática, priorizou processos mais burocráticos e não concluiu a gestão colegiada. Seremos um grupo formado para aprofundar mecanismos democráticos, de envolvimento com a comunidade e voltado para os processos de administração que foram iniciados e abandonados”, explicou.

Denise Bomtempo e Márcia Abrahão são as representantes femininas no pleito para um cargo nunca assumido por uma mulher. Denise pediu licença do cargo de Decana de Pesquisa e Pós-Graduação na terça-feira, após três anos e oito meses de atuação, para organizar a corrida à reitoria. Mesmo assim, ela não adiantou se conduzirá uma campanha vinculada ao reitor ou independente. Como vice dela, estará o diretor do Instituto de Ciências Exatas, Noraí Rocco. Como ex-decana de Pesquisa e pós-graduação, ela levanta pontos importantes, como melhorar as fontes de arrecadação e investir na pesquisa. Propõe aproveitar iniciativas governamentais, que beneficiam a população dentro da comunidade acadêmica. “Temos que valorizar o servidor público, investir em estrutura física e em parcerias com governo para aproveitar programas de transporte e segurança. É preciso ter planejamento para crescer”, avaliou.

A ex-decana de Ensino de Graduação Márcia Abrahão pretende construir uma cultura pedagógica que contribua para a união da universidade. “Farei uma campanha a favor da universidade. Não tenho chapa ainda, mas pretendo mostrar que é possível fazer uma boa gestão, projetando a universidade para o futuro. Quero melhorar a qualidade da pós-graduação, da pesquisa e consolidar o processo de expansão”, afirmou.

A responsável por consolidar o regimento e definir estratégias para as eleições será a COC. A comissão é constituída por integrantes da Associação de Docentes (Adunb), do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Embora as datas para a escolha do reitor estejam previamente definidas, podem ocorrer alterações até sábado. Só haverá segundo turno caso nenhum dos candidatos alcance 50% mais um voto após a primeira fase do pleito. O mandato do principal cargo da UnB termina em novembro. O eleito permanece quatro anos na função.

Ocupação continua

Cerca de 100 estudantes da UnB ocupam desde terça-feira a reitoria. Eles reivindicam mudanças nos auxílios oferecidos aos alunos de baixa renda da instituição. Entre as alterações requeridas estão a alteração da atual contrapartida para conseguir a bolsa permanência (exigência de 12 horas de trabalho semanal em projetos de pesquisa, extensão, arte ou esportes) e a definição da data de pagamento da indenização aos alunos enquanto o Restaurante Universitário (RU) esteve fechado. Ontem pela manhã, os universitários se reuniram com a decana de Assuntos Comunitários da UnB, Carolina Cássia Batista Santos, para apresentar as reivindicações. Após o encontro, não houve acordo. Um dos representantes do movimento que ocupa a reitoria, Lucas Brito disse que o grupo só deve sair do local quando a principal queixa, o fim à contrapartida da bolsa permanência, for atendida. Estava prevista para ontem à noite uma nova reunião com a decana de Assuntos Comunitários.

Informações do CLIPPING NACIONAL PRESS

Paridade e a Reunião do Consuni

Reproduzimos aqui um excelente post do Blog da Liberdade.

Hoje haverá nova reunião do Conselho Universitário (CONSUNI), orgão deliberativo máximo da Universidade de Brasília e que é por essência uma “corporação de pessoas com igual categoria ou dignidade.” Antes, pois, faremos uma descrição da última reunião deste CONSUNI ocorrida em 01 de junho de 2012.

Passado os informes, foi aberto espaço para que todos os conselheiros ali presentes opinassem sobre o melhor processo de indicação do nosso próximo gestor. A mesa presidida pelo Magnífico Reitor José Geraldo de Sousa Júnior apresentou a proposta da Administração Superior, ou seja, uma consulta informal nos moldes de 2008*.

A maioria das falas dos conselheiros giraram em torno da oportunidade da proposta desta Administração, da necessidade dos docentes levarem tal modelo para suas Unidades Acadêmicas ou se havia ou não inconsistências procedimentais que poderiam inviabilizar uma consulta informal.

Nós da Aliança pela Liberdade levantamos pontos como: Se a consulta será informal, então o Consuni não poderá ao menos criar a Comissão Organizadora da Consulta? Se estamos numa Universidade autônoma, por que então delegar a associações privadas algo que decidirá o futuro de um bem público como é a Universidade de Brasília?

Embora a sessão do CONSUNI já durasse mais de quatro horas e eram diversos os pedidos de docentes para consultar suas Unidades, a mesa decidiu colocar em processo de votação a sua proposta. A Aliança pela Liberdade solicitou, como prevê o regimento da Universidade de Brasília, votação nominal, afim de que todos os conselheiros ali presentes pudessem fundamentar da melhor maneira possível seus votos.

Mais em: É o CONSUNI uma assembléia de pares?

USP mantém posto de melhor universidade da América Latina

Brasil é nação com mais instituições na lista de 250 universidades da região, mas o Chile leva vantagem entre grupo das dez primeiras

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/usp-mantem-posto-de-melhor-universidade-da-america-latina

12/6/2012

 

A Universidade de São Paulo (USP) é a melhor instituição de ensino superior da América Latina, de acordo com o ranking divulgado nesta terça-feira pelo QS Quacquarelli Symonds, consultoria britânica especializada em educação superior. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aparece em terceiro lugar, atrás da Pontificia Universidad Católica de Chile, que ocupa a segunda posição. O ranking completo pode ser visto no site da QS.

Outras instituições atestam o domínio brasileiro no ensino superior da região. Além da USP e Unicamp, aparecem no topo as federais do Rio de Janeiro (UFRJ, em 8º), Minas Gerais (UFMG, em 13º), Rio Grande do Sul (UFRGS, em 14º) e São Paulo (Unifesp, em 15º). Das 250 instituições citadas, 65 são do Brasil – 26% do total.

O QS Rankings é elaborado a partir de quatro eixos centrais: pesquisa, ensino, empregabilidade e internacionalização. Além da opinião de acadêmicos e profissionais de todo o mundo, a avaliação considera um banco de dados com mais de 18.000 títulos de mais de 5.000 editoras internacionais para assegurar a relevância das publicações oriundas das universidades.

 

As 10 melhores universidades da América Latina

2012

2011

Nome da instituiÇÃo

PaÍs

Posição

Posição

   

1

1

Universidade de São Paulo (USP)

BRASIL

2

2

Pontificia Universidad Católica de Chile

CHILE

3

3

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

BRASIL

4

4

Universidad de Chile

CHILE

5

5

Universidad Nacional Autónoma de México (Unam)

MÉXICO

6

6

Universidad de Los Andes Colombia

COLÔMBIA

7

7

Tecnológico de Monterrey (Itesm)

MÉXICO

8

19

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

BRASIL

9

12

Universidad de Concepción

CHILE

10

21

Universidad de Santiago de Chile (USACH)

CHILE

Fonte: QS Quacquarelli Symonds

A participação brasileira não se restringe às instituições públicas. Diversas universidades privadas aparecem na lista. As mais bem colocadas são as Pontifícias do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e São Paulo (PUC-SP), em 18º e 28º, respectivamente.

Com 65 instituições selecionadas, o Brasil está em primeiro lugar entre as nações da região. Depois, figuram México (46), Colômbia (34), Chile (30), Argentina (26) e Peru (10). Equador e Venezuela têm 6 universidades citadas cada uma, enquanto Cuba possui 5. Ainda se destacam Uruguai (4), Costa Rica (3), Paraguai (3), República Dominicana (3), Bolívia (2), El Salvador (2) e Panamá (2).

“O ranking mostra que o Brasil tem priorizado a pesquisa”, afirma em nota Danny Byrne, editor do TopUniversities.com, site que publica o QS. “O Brasil tem nove universidades, entre as dez latinas com mais trabalhos acadêmicos por docentes, e nove do total de dez com maior proporção de docentes com PhD.” Catarina Roscoe, diretora do QS Consulting, no entanto, alerta: “Embora essas realizações demonstrem que o Brasil está indo na direção certa, uma análise mais profunda da situação do país mostra que ainda há muito a ser feito.”

De acordo com a especialista, as universidades da região ainda estão muito aquém dos centros de excelência da América do Norte, Europa e Ásia. No último levantamento mundial feito pela QS, o Brasil emplacou 11 instituições entre as 600 melhores, atrás de países como China e Coreia do Sul (17 cada), Japão (27), França (25) e Alemanha (42). Sozinho, os Estados Unidos somaram mais de 100 citações no ranking.

“As recentes conquistas econômicas e educacionais do Brasil são notáveis. Ao mesmo tempo, o país precisa superar os desafios de manter o momentum e continuar desenvolvendo. O fortalecimento das relações entre as universidades e o setor privado pode apresentar uma grande oportunidade para o país”, diz Catarina Roscoe. “Além disso, o fortalecimento das parcerias entre universidades brasileiras e universidades internacionais pode desempenhar um papel fundamental na aceleração da criação e transferência de conhecimento.”

 

 

As 10 melhores universidades brasileiras segundo o ranking

2012

2011

Nome da instituiÇÃo

Posição

Posição

 

1

1

Universidade de São Paulo (USP)

3

3

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

8

19

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

13

10

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

14

14

Universidade Federal do Rio Grande Do Sul (UFRGS)

15

31

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

17

16

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

18

15

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – Rio)

25

11

Universidade de Brasília (UnB)

28

37

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP)

Fonte: QS Quacquarelli Symonds

Recentemente, as universidades brasileiras foram destaque em outros rankings. Em um listagem elaborada pelo Times Higher Education (THE), a Unicamp e a Unesp figuraram entre as melhores instituições jovens do mundo (menos de 50 anos de existência). Em março, em outro ranking do THE, a USP apareceu em 70º lugar na lista das universidades com melhor reputação do mundo. Já o Academic Ranking of World Universities aponta que a universidade paulista é campeã na formação de doutores

Leia também:
A ascensão das universidades brasileiras
USP avança 84 posições em ranking de universidades
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Unicamp e Unesp se destacam em ranking internacional
USP é campeã na formação de doutores, aponta ranking

A INSANIDADE ELEITORAL E A FRAGMENTAÇÃO DA UNB


                    

                                                                Prof. Paulo Nascimento

                                                                Instituto de Ciência Política

 

Parece que o velho provérbio que reza que as coisas têm primeiro que piorar,  para depois começarem a melhorar, guarda toda sua atualidade. Chegamos ao ano de escolha do novo reitor com uma universidade dividida, na qual estudantes, professores e técnico-administrativos desconfiam uns dos outros, e diversos grupos, formados em torno de possíveis candidatos a reitor, criam um clima carregado de intrigas, boatos e acusações mútuas.

 

O sistema eleitoral de escolha do reitor é o responsável direto por essa fragmentação. São  as eleições que politizam e partidarizam  a comunidade acadêmica, transformando os reitoráveis em aprendizes de políticos, e a administração em objeto de uma  luta desenfreada pelo poder. Os possíveis méritos acadêmicos dos candidatos são substituídos pela capacidade de angariar votos a qualquer custo.

 

Não há forma de votação que possa tornar uma eleição adaptável à estrutura universitária. A proporção 70-15-15, que dá aos docentes um peso maior nas eleições, por mais justiça que faça à decisiva  responsabilidade que os docentes têm em uma instituição acadêmica,  é uma regra que não se coaduna com o espírito dos tempos. Depois de havermos superado o voto censitário e a exclusividade da votação masculina, e democratizado a sociedade em geral, como defender sem constrangimento, em pleno século XXI, uma fórmula eleitoral que torna alguns votos mais importantes que outros?

 

A única defesa possível da esdrúxula proporção 70-15-15 é que ela é respaldada pela lei. É um argumento poderoso, já que a obediência às leis, mesmo àquelas com as quais não concordamos, é  pedra de toque de uma democracia. Mas, ainda assim, é insuficiente para legitimar o voto desigual. E a maciça votação dos técnico-administrativos em favor da paridade comprova isso.

 

Por sua vez, a votação paritária, geralmente tida como mais democrática, também tem seus problemas. Da forma como ela é  apresentada na UnB,  não contempla um elemento básico da democracia moderna, que é o direito que possui o eleitor de ser eleito. Ou seja, o voto paritário é limitado se não vier acoplado à possibilidade de um técnico-administrativo, ou mesmo um estudante, concorrer e ser eleito para reitor. 

 

Mas se o sistema eleitoral suscita divisão e antagonismo, o reitor da UnB, professor José Geraldo de Sousa Júnior, torna a situação ainda mais difícil ao abrir mão da posição de árbitro que seu cargo exige, para tomar partido de um segmento em detrimento do outro. Desde sua eleição, quando não obteve apoio da maioria dos professores, o magnífico tem acusado o corpo docente de “hegemonismo” e se inclinado excessivamente para o lado dos estudantes, fazendo vista grossa para os excessos de alguns deles, e aprofundando dessa forma a cizânia entre os segmentos da universidade.

 

Os plebiscitos realizados na UnB apontaram que docentes e técnico-administrativos têm visões diferentes sobre as regras eleitorais para escolha do reitor.  O que deveria fazer o professor José Geraldo Júnior em uma situação dessas? Evidentemente, buscar acomodar de alguma forma as posições divergentes, ao invés de agir, como se viu na reunião do CONSUNI do dia 1º de junho, totalmente a favor dos interesses de um segmento, no caso os técnico-administrativos. Com isso, afastou-se ainda mais dos docentes. E também não teria agido corretamente se, ao contrário, tivesse contemplado totalmente os interesses dos docentes e ignorado os dos técnico-administrativos e estudantes.

 

Chegamos ao fundo do poço, e só podemos esperar que o próximo reitor  tenha um perfil conciliador que o ajude a juntar os cacos de uma comunidade desnecessariamente partida. No longo prazo, porém, devemos nos livrar desta insanidade eleitoral. Acredito que a formação de um comitê de busca, independente e capaz de aferir os méritos acadêmicos e a capacidade de gestão dos candidatos, seja a forma mais adequada de escolha do reitor.

 

UnB não atingirá as metas do Reuni estabelecidas há cinco anos

Notícia no Correio Braziliense:

Foto do Portal da UnB

No último ano do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a Universidade de Brasília (UnB) não executará a tempo as determinações estabelecidas há cinco anos. Até agora, 16 reformas e quatro obras foram entregues à comunidade acadêmica, mas cinco estão em andamento e outras, no Câmpus Darcy Ribeiro, no Plano Piloto, ainda precisam ser licitadas. Falta contratar também mais 100 professores para completar o quadro de docentes previsto no início de 2008.

A conclusão das obras se tornou um dos principais problemas para a UnB. Como o Reuni prevê um aumento do número de alunos a partir da criação de novos cursos e de vagas e a seleção de docentes e técnicos, foi preciso ampliar a estrutura física da universidade. “O programa exige infraestrutura adequada, laboratórios, condições em sala de aula. Mas foi tudo muito rápido, houve uma explosão de serviços e não tivemos tempo para fazer um planejamento. O plano chegou ao fim de 2007 e, no ano seguinte, já estávamos com um canteiro aberto”, comentou o decano de Ensino de Graduação, José Américo. Antes de o prazo acabar, ele destaca que o prédio de ciências políticas e de relações internacionais, dois blocos de salas de aulas e laboratórios das Faculdades de Saúde e Tecnologia devem ser entregues

Desde a implantação do programa, em 2008, o número de alunos saltou de cerca de 22 mil para aproximadamente 32 mil nos quatro câmpus — Darcy Ribeiro, Planaltina, Gama e Ceilândia. A quantidade de professores também aumentou. Foram contratados 967. Mas a realidade deve mudar. As previsões do decano de Ensino e Graduação sugerem que, até 2017, quando a primeira turma chegará ao último semestre e o quadro de alunos dos novos cursos ficará completo, haverá 50 mil estudantes e 2,6 mil docentes. “Contratamos 200 técnicos, mas a priorização da UnB foi para os professores, pois nossa carência é muito alta. O Reuni nos trouxe vários gargalos, faltam profissionais em algumas áreas que foram criadas ou ampliadas”, explicou José Américo.

Condições de trabalho
A meta do Reuni para a UnB é ter um professor para cada 18 alunos. Mas essa relação é questionada. Segundo o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Claus Akira Matsushigue, esse número deve ser de um  para 10, como ocorre em outras instituições no mundo. “Em todas as instituições federais, a quantidade de docentes cresceu cerca de 30% enquanto a de alunos dobrou. Não adianta aumentar a quantidade de estudantes sem oferecer condições de trabalho para o professor. Estamos pressionados e com carga de trabalho muito maior. Na universidade, temos a obrigação de promover ensino, pesquisa e extensão”, explicou.

O presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (Adunb), Ebnezer Maurílio Nogueira da Silva, apontou diversos problemas desde a implantação do Reuni. “É grave montar um curso sem ter o prédio pronto, como ocorreu em Ceilândia. Os alunos têm aula em uma escola de primeiro grau e muitos vão se formar sem nunca ter entrado em um laboratório. No Gama, as atividades funcionavam dentro do fórum da cidade”, apontou. Segundo ele, no Câmpus Darcy Ribeiro, a situação não é diferente. “Há um caos completo no Restaurante Universitário e na Biblioteca, por exemplo”, citou.

“O Reuni é bom, mas não da maneira como foi administrado aqui na UnB. Nem metade das obras está pronta e a contratação de docentes não foi suficiente para atender à demanda dos novos alunos”, comentou o presidente da associação. Apesar das críticas, Ebnezer acredita que o programa pode mudar a realidade daqueles que não têm condições de entrar em uma universidade pública. “O programa possibilitou que mais alunos pudessem entrar na universidade, mas não podemos esquecer que ela é pública, gratuita e de qualidade. Não é só colocar as pessoas dentro da sala de aula. A UnB era a quarta melhor do país, hoje, ocupa a 14ª posição”, completou o professor.

Expansão
O Reuni também proporcionou a criação de 28 cursos, boa parte deles nos câmpus fora do Plano Piloto. A expansão da universidade foi firmada em um convênio com o Governo do Distrito Federal (GDF), mas a parte do plano que cabia à UnB veio do programa do governo federal. As obras ainda não ficaram prontas. O estudante do primeiro semestre de terapia ocupacional Kennedy Ferreira Bonifácio, 17 anos, morador do Gama, acredita que se o Reuni não fosse implantado, ele não teria a chance de ingressar em uma universidade pública. “Nunca imaginei que entraria na UnB. Oprograma proporcionou um maior número de vagas e a oportunidade aumentou”, opinou. Kennedy estuda no campus de Ceilândia.

Para Renata Nobre, 18 anos, moradora do Novo Gama e colega de Kennedy, a expansão da UnB facilitou o acesso à universidade para aqueles que moram fora de Brasília. “Gerou muitas oportunidades, principalmente para quem não tem como ir ao Plano Piloto”, disse. Ela acredita, no entanto, que a expansão deveria acompanhar a qualidade da instituição. “Como o prédio não está pronto, só temos uma aula no câmpus. Os laboratórios também estão fechados e falta estrutura adequada para nos atender”, lamentou.

“O programa exige infraestrutura adequada, laboratórios, condições em sala de aula. Mas foi tudo muito rápido, houve uma explosão de serviços e não tivemos tempo para fazer um planejamento”

José Américo,
decano de Ensino de Graduação

» O que diz a lei
Criado pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) objetivou a ampliação do acesso e a permanência dos jovens na educação superior. Entre as metas do programa estão a redução das taxas de evasão, a ocupação de vagas ociosas e o aumento de postos para o ingresso na universidade, além da revisão da estrutura acadêmica com a reorganização dos cursos de graduação e a atualização de metodologias de ensino e de aprendizagem. A partir de apresentação dos planos de reestruturação, o Ministério da Educação (MEC) destinou recursos financeiros para cada instituição construir e readequar a infraestrutura, comprar bens e serviços e custear despesas com pessoal.